O consumo de álcool é um dos fatores causadores de mais de 200 doenças e lesões, segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), inclusive, danos hepáticos, como acúmulo de gordura, hepatite e cirrose1-2. Sabia dessa relação entre fígado e álcool?
Um relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre o tema mostrou que, no Brasil, o consumo per capita de álcool em 2019 (ano base do documento) foi de 7,7 litros3.
A média está acima do índice das Américas (7,5 litros) e mundial (5,5 litros), mas abaixo do referencial de 2010, em que o consumo foi de 8,6 litros3.
Em outro comunicado, a OMS destacou que não existe nível de consumo de álcool seguro para a nossa saúde. Globalmente, 400 milhões de pessoas vivem com algum distúrbio por uso de álcool e drogas3-4.
Continue a leitura para entender os impactos do consumo excessivo de álcool no fígado, restrições para quem tem fígado gorduroso, como acontece a cirrose alcoólica e características hepáticas de pessoas alcoolistas.
Resumo:
- O fígado é o órgão mais afetado pelo álcool, pois absorve e metaboliza grande parte da quantidade ingerida6.
- Pacientes com gordura no fígado, causada ou não pelo álcool, devem se abster do consumo de bebidas2.
- A cirrose hepática é uma complicação grave do consumo excessivo de álcool que causa danos permanentes ao tecido e funções hepáticas8.
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Boa leitura!
Como o álcool afeta o fígado?
Na relação fígado e álcool, o órgão fica em desvantagem, pois o metabolismo do etanol gera resíduos tóxicos que podem causar lesões hepáticas e originar doenças futuramente5.
Porém, nem todas as pessoas que consomem álcool regularmente ou são alcoólatras têm problemas no fígado. A consequência depende principalmente de fatores genéticos que influenciam as respostas orgânicas5.
Fases do metabolismo do álcool
A absorção do álcool começa na boca, mas outros órgãos do trato gastrointestinal absorvem a substância, como esôfago, estômago e intestino grosso6.
Porém, o fígado fica com 75% do álcool captado na fase intestinal6. A velocidade com que o organismo absorve o etanol depende:
- da velocidade de consumo da bebida6;
- da presença de comida no estômago6;
- do tipo de alimento consumido antes de beber6.
O fígado sofre mais com os danos causados pelo álcool porque, além de absorver a maior parte, é no órgão que acontece o processo de metabolização no organismo6.
Do total recebido, elimina mais de 90%. De 2% a 5% sai do corpo sem passar por nenhuma modificação pela urina, saliva, suor e respiração6.
A parte metabolizada passa por uma reação de oxidação com o apoio da enzima álcool desidrogenase (ADH) que gera acetaldeído, uma substância tóxica para o corpo6.
Depois, a enzima aldeído desidrogenase (ALDH) transforma o acetaldeído em acetato. A distribuição do resíduo para outros órgãos, como cérebro, coração, músculos e rins, acontece pela corrente sanguínea6.
Da ingestão até a absorção completa, o processo demora aproximadamente uma hora6.
Efeitos nocivos do uso prolongado
A interação constante de fígado e álcool pode aumentar o risco de desenvolver diversos problemas em longo prazo, como:
- doenças hepáticas: fígado gorduroso, hepatite alcoólica e cirrose7;
- distúrbios gastrointestinais: lesões e inflamação no esôfago e estômago7;
- pancreatite: inflamação no pâncreas7;
- neuropatia periférica: danificação dos nervos dos pés e das mãos7;
- problemas cardíacos e vasculares: hipertensão, arritmia, infarto agudo e AVC7;
- danos cerebrais: dificuldades no raciocínio, insônia, sono fragmentado, perda de equilíbrio e a coordenação motora7.
Fatores, como faixa etária, porte físico (altura e massa corporal), genética, condições de saúde atual e padrão de consumo de bebidas alcoólicas, influenciam o metabolismo do álcool6.
Essas diferenças também interferem nos riscos que determinadas pessoas têm de desenvolver problemas relacionados aos efeitos nocivos do álcool6.
Quem tem gordura no fígado pode consumir álcool?
O consumo de álcool não é recomendado tanto para quem desenvolve a doença devido a algum distúrbio metabólico (obesidade, hipertensão, diabetes) quanto para quem sofre do quadro por causa do consumo excessivo de álcool2.
90% das pessoas que bebem muito álcool desenvolvem gordura no fígado. O tratamento é eficaz na reversão da doença se houver abstinência total de qualquer tipo e quantidade de bebida alcoólica2.
Além disso, uma dieta equilibrada, exercícios físicos regulares, medicamentos e terapias comportamentais são práticas indicadas para auxiliar na recuperação do fígado e no tratamento das lesões2.
O que é cirrose alcoólica?
A cirrose alcoólica é uma doença em que acontece a substituição do tecido normal e funcional do fígado por um tecido com cicatriz (fibrose) e não funcional. A formação das cicatrizes acontece devido aos danos contínuos e repetidos ao órgão por causa do consumo excessivo e crônico de álcool8.
Essa troca prejudica a realização das funções hepáticas normais. O diagnóstico é grave porque não há cura para a cirrose. O dano causado ao fígado pelo álcool é permanente8.
Porém, é possível tratar a causa e as complicações por meio da abstinência de álcool. Assim, dá para evitar danos adicionais8. As principais complicações do quadro são:
- ascite (inchaço na região abdominal devido ao acúmulo de líquido)2;
- aumento do baço2;
- distúrbio hemorrágico2;
- encefalopatia hepática (alteração do funcionamento cerebral)2;
- hipertensão portal (veia que leva sangue ao fígado)2;
- insuficiência hepática2;
- sangramento no trato digestivo2.
A cirrose alcoólica pode ser totalmente assintomática ou causar: cansaço, mal-estar geral, perda de apetite e peso, aumento das pontas dos dedos, icterícia (amarelamento da pele e branco dos olhos) e fezes claras, moles, oleosas e com odor acentuado8.
Se a descoberta da doença demorar e o quadro avançar, a via de tratamento mais indicada é o transplante de fígado. Além disso, o risco de câncer hepático é maior para pessoas com cirrose alcoólica8.
Características do fígado de alcoólatras
O fígado de um alcoólatra, pessoa que consome álcool compulsivamente e em longo prazo, pode ter excesso de gordura, inflamação e lesões permanentes devidos aos danos causados pelas toxinas do etanol e acúmulo de tecido cicatricial permanente, que pode encolher o tamanho do fígado e prejudicar seu funcionamento9.
Existe a possibilidade de recuperar os danos da interação fígado e álcool e evitar a progressão de doenças hepáticas com o apoio de uma equipe médica multidisciplinar que vai cuidar dos aspectos orgânicos e comportamentais do paciente9.
Epocler: o parceiro do seu fígado
Epocler é um parceiro do fígado que auxilia no tratamento dos distúrbios metabólicos hepáticos, além de prevenir a infiltração e o acúmulo de gordura e auxiliar na remoção de restos metabólicos e outras toxinas10.
A recomendação é tomar um flaconete de 10 ml antes das refeições, especialmente aqueles que envolvem exageros na comida e bebida10.
Vale destacar que a dosagem recomendada é de até três unidades por dia. Durante o tratamento, recomenda-se não ingerir bebidas alcoólicas10.
Você encontra Epocler nas principais farmácias e pode comprar o flaconete avulso ou as caixas econômicas com seis e 12 unidades.
Epocler. citrato de colina, betaína monoidratada e racemetionina. Indicações: tratamento de distúrbios metabólicos hepáticos. MS 1.7817.0079. SE PERSISTIREM OS SINTOMAS, O MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO. Janeiro/2025.
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