Fígado e vesícula biliar: como funciona a secreção de bile?

Fígado e vesícula biliar formam uma parceria fundamental para a digestão das gorduras consumidas na alimentação. Porém, há casos em que essa dupla se separa devido a uma pedra ou inflamação e o fígado continua sua jornada sozinho^1-2.

Esses dois órgãos mostram a capacidade incrível do corpo humano de se manter em equilíbrio e funcionando, mesmo sem um componente específico.

Continue no artigo e descubra onde fica, as funções e a relação fígado e vesícula biliar, além de como funciona a produção e armazenamento de bile e as causas das pedras na vesícula.

Resumo:

• A vesícula fica na parte superior direita do abdômen, abaixo do fígado, ligada ao órgão pelas vias biliares¹.
• A função da vesícula é armazenar e secretar bile, líquido que auxilia o processo digestivo das gorduras no intestino¹.
• Essa relação é fundamental porque a bile, produzida e secretada pelo fígado, fica armazenada na vesícula para utilização na digestão.
  
  

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Boa leitura!

Onde fica a vesícula?

A vesícula fica na região superior direita do abdômen, abaixo do fígado, ligada ao órgão pelas vias biliares, dutos que saem no duodeno, primeira seção do intestino delgado, onde acontece a digestão da gordura¹.

O formato do órgão é semelhante a uma pequena pera, formado de tecido muscular, e serve para armazenar e secretar a bile produzida pelo fígado¹.

Dessa forma, fígado e vesícula biliar têm um papel essencial na digestão e absorção adequada de gorduras no organismo³.

Qual é a função da vesícula biliar?

A função da vesícula é o armazenamento e secreção de bile durante o processo digestivo das gorduras dos alimentos. A liberação da substância produzida pelo fígado no intestino acontece por meio dos dutos biliares. Sim, a digestão desses nutrientes não ocorre no estômago¹.

A bile, formada por sais biliares, eletrólitos, pigmentos, especialmente bilirrubina, colesterol e outras gorduras, é um líquido de coloração amarelo-esverdeado. Além disso, auxilia no processo digestivo e ajuda a eliminar o excesso de resíduos do corpo¹.

Quando o quimo entra no intestino delgado, começa o processo de quebra dos lipídios em partículas menores, o que permite sua absorção³.

Para que essa síntese aconteça, os sais biliares envolvem as partículas de gordura, processo chamado de emulsificação, e formam micelas que facilitam a ação das enzimas lipase e colipase, secretadas pelo pâncreas³.

O resultado dessa relação (lipólise) é ácidos graxos livres e monoacilgliceróis, partículas menores que atravessam a mucosa do intestino e se convertem em triacilgliceróis³.

A etapa final da digestão das gorduras é a formação do quilomícron (junção dos triacilgliceróis com colesterol e proteínas) que entra no sistema linfático para chegar aos diferentes tecidos e órgãos³.

A interação entre fígado e vesícula biliar é complexa, mas é fundamental para que aconteça o processo digestivo completo, o que garante a absorção de todos os nutrientes dos alimentos e excreção do que não é útil para o corpo³.

Relação de fígado e vesícula biliar na produção e armazenamento de bile

Agora que você já sabe onde fica a vesícula e a função da bile, é importante entender como o líquido chega até esse pequeno órgão. Os processos envolvidos mostram o quanto a relação complementar entre fígado e vesícula é estratégica para o organismo.

Processo de produção da bile no fígado

O fígado produz, em média, de 500 a 600 ml de bile por dia⁴. Os hepatócitos, principais células hepáticas, são os responsáveis pela produção do líquido que, além da digestão de lipídios, serve para excretar material não eliminado pelos rins, colesterol e bilirrubina (resultado da decomposição da hemoglobina)⁵.

Dos hepatócitos, a bile passa pelos canalículos biliares, dutos menores e dutos maiores, que levam até o duodeno, ou vai para o armazenamento na vesícula⁵.

Quando o corpo está em jejum, 75% da bile produzida passa pelo duto hepático comum para a vesícula biliar com o auxílio do duto cístico. A vesícula absorve até 90% da água para armazená-la de forma concentrada⁴.

Armazenamento e liberação pela vesícula

A ingestão de comida libera hormônios no intestino e estimula os nervos colinérgicos. Essas reações desencadeiam a contração da vesícula e relaxam a ampola de Vater, que funciona como uma válvula⁴.

O hormônio colecistocinina (CCK) é o responsável por contrair a vesícula, que secreta o líquido no intestino pelo ducto biliar comum durante a digestão, além de induzir o pâncreas a liberar as enzimas que quebram a gordura⁵.

Após a secreção no duodeno, a bile passa pela circulação entero-hepática, onde desempenha seu papel no intestino⁵.

Os componentes biliares não eliminados são reciclados por meio da conversão em ácidos biliares pelas bactérias intestinais para reutilização por absorção no íleo e, depois, transportados de volta para o fígado⁵.

Assim, a vesícula secreta de 50% a 75% da bile armazenada no duodeno durante a digestão. No estado de jejum, a ampola de Vater, formada de tecido muscular, contrai-se e permite que mais líquido biliar preencha a vesícula⁴.

O que causa pedras na vesícula?

A principal causa das pedras na vesícula, também chamadas de cálculos biliares, é o excesso de secreção de colesterol pelo fígado, que chega até a vesícula por meio da bile e forma partículas sólidas⁶.

Há casos em que os cálculos se formam nos dutos biliares (cístico, comum ou ampola de Vater), o que bloqueia ou reduz o fluxo de bile⁶.

O acúmulo pode acontecer devido ao estreitamento dos dutos ou por causa de infecções bacterianas quando o escoamento está mais lento ou bloqueado⁶.

Em 80% dos casos, a presença de pedras na vesícula não causa sintomas. Porém, quando os cálculos saem da vesícula e bloqueiam os dutos provocam dor aguda no abdômen, conhecida como cólica biliar⁶.

Além da dor que aumenta com o tempo, o quadro causa náuseas e vômitos. Quando o bloqueio persiste, a vesícula inflama, o que evolui para uma colecistite aguda⁶.

O tratamento varia conforme a progressão do caso e envolve desde medicamentos para dissolver as pedras até uma operação para remover a vesícula⁶.

A dor é o principal sintoma que leva os médicos a investigarem as causas. Portanto, consulte um especialista para realizar o tratamento adequado⁶.

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Epocler: o parceiro do fígado

Como vimos, a bile, secretada pelo fígado e armazenada pela vesícula biliar para entrar em ação futuramente na digestão, é a síntese da relação entre esses dois órgãos.

Epocler é um parceiro externo que conta com três aminoácidos que auxiliam no tratamento dos distúrbios metabólicos hepáticos, na eliminação de toxinas e restos metabólicos e ainda evita a infiltração e acúmulo de gordura⁷.

O medicamento está disponível em flaconetes avulsos de 10 ml ou caixas econômicas com 6 e 12 unidades nas principais farmácias do país e nas drogarias on-line⁷.

Epocler. citrato de colina, betaína monoidratada e racemetionina. Indicações: tratamento de distúrbios metabólicos hepáticos. MS 1.7817.0079. SE PERSISTIREM OS SINTOMAS, O MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO. Janeiro/2025.